Babel

No fim de uma época conturbada de exames, decidi ir ao cinema para relaxar um bocadinho todo o stress acumulado. No meio de uma série de filmes pouco ou nada interessantes que têm saído de Hollywood nos últimos tempos, escolhi Babel. Havia alguma expectativa em relação a este filme, já que, se não me engano, está nomeado para 4 óscares: melhor filme, melhor realização, melhor actriz secundária e melhor argumento original. Contudo, desconhecia totalmente a história em que o filme se baseava. No final, o filme revelou-se banal e uma tentativa falhada de ilustrar algo diferente e que tocasse a sociedade. O filme tem um argumento semelhante ao de Magnólia, 21 gramas e Crash, logo não percebo onde está a originalidade para a nomeação para um óscar. Lá porque Crash ganhou o argumento de melhor filme ao tentar ilustrar o problema do racismo do século XXI na sociedade, isso não significa que qualquer porcaria que se tente aproximar disto o consiga. Babel parece isto mesmo: um filme porcaria muito próximo de Crash para (quem sabe!) arrancar a estatueta na grande noite. A diferença entre Crash e Babel é que o primeiro consegue ser original, surpreender e emocionar e o segundo não passa de uma imitação barata.

Babel relata a história de 3 famílias em 3 países diferentes, cujos actos têm consequências que resultam numa catástrofe que é ainda piorada pela acção dos media. Enfim, o filme até tem uma premissa interessante e podia ser mesmo algo revelador. Possui imagens muito bonitas e a montagem foi muito bem feita. Contudo, isso não chega para que seja um bom filme. Presumo que são poucos os que partilham a minha opinião, pois o filme tem uma cotação de 7,8 no site imdb. Pode ser que ainda fique com a estatueta, mas seria muito mais merecida pelo fantástico Little Miss Sunshine.