Após uma viagem pelas sensações olfactivas de O Perfume, decidi regressar ao género literário que mais gosto: fantasia. Desta vez, escolhi a trilogia O Ceptro de Aerzis para preencher os pequenos momentos livres que vou tendo ao longo do dia. Escrito por Inês Botelho (estudante de Biologia de 20 anos), este conjunto de três livros revela uma história linda e muito bem construída sobre a vida de três mulheres rainhas que dedicam a sua vida a tentar salvar o seu povo da sombra negra de Morgriff.
O primeiro livro da trilogia, cujo título é A Filha dos Mundos, apresenta um conteúdo demasiado breve e que "sabe a pouco". Há uma localização da história, uma apresentação das personagens e muito pouca acção, o que me levou a ter alguma relutância em continuar a leitura dos restantes volumes. Contudo, este volume revelou não ser mesmo mais do que uma pequena introdução a todos os acontecimentos que se desencadeiam no segundo, o qual se designa por A Senhora da Noite e das Brumas. Foi a capa deste livro que escolhi para colocar aqui no blog, uma vez que, dos três volumes, foi esta a que mais gostei e também porque se centra na personagem com que mais me identifiquei (Galaduinne). Neste livro, Inês Botelho revela aquilo de que é realmente capaz: a história flui e desenvolve-se de forma suave e harmoniosa; as personagens crescem e lutam pelos seus objectivos; tudo é descrito de forma pormenorizada e muito real. E toda a história termina no volume A Rainha das Terras da Luz. A história culmina de forma empolgante. Devo dizer que este livro foi uma excelente surpresa. Inês Botelho demonstra ser bastante talentosa e espero que não se fique apenas por esta trilogia.
Já agora deixo aqui uma crítica a todas as livrarias nacionais por onde tenho passado. Os livros que pertencem à colecção Jovens Talentos da Gailivro bem como os livro da colecção Via Láctea da Presença destinam-se a um público jovem/adulto e não deveriam constar da secção infantil, como tenho visto. Diria mesmo que colocar estes livros na secção infantil é totalmente desapropriado, uma vez que nem sempre o conteúdo é o indicado para crianças. Além disso, como as crianças nao têm interesse por estes livros, não os compram e os jovens e adultos, aos quais poderia agradar, nem sequer os vêem. Assim, estes livros correm o risco de não se difundirem como merecem. Mas é só uma opinião.
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